1. Introdução
Desde a popularização dos aparelhos de
televisão nos anos 50, novos meios de comunicação têm surgido e conquistado a
atenção principalmente dos mais jovens: celulares, tablets, computadores, videogames, smartTVs e outros aparatos
tecnológicos, conectados à Internet, permitem ao indivíduo interagir
rapidamente com pessoas de qualquer parte do mundo pelas redes sociais e obter
as mais diversas informações de forma fácil e prática. Neste contexto de
mudanças rápidas e tecnologia onipresente, as novas gerações convivem com uma
conexão constante com o resto do mundo, e mesmo crianças usam com facilidade seus
notebooks e smartphones.
Considerados tais fatos, é fácil presumir
que a leitura de textos em livros, objetos básicos no ensino da Literatura e
que exigem concentração e paciência, seja bastante negligenciada pelos alunos.
Mas essas mesmas tecnologias que podem tornar a maioria dos estudantes avessos
ao meio tradicional de leitura e às produções literárias consagradas podem
auxiliar em muito o professor na sala de aula, capturando o interesse do aluno
através de ferramentas comuns em seu cotidiano e abrindo espaço para a pesquisa
e enriquecimento do conteúdo de forma proativa.
2. Objetivos Gerais
Este projeto visa demonstrar a
viabilidade da aplicação das novas tecnologias no ensino de Literatura
Portuguesa, de forma a tornar a aprendizagem dinâmica e proativa, com incentivo
de pesquisa e discussão.
3. Objetivos Específicos
O objetivo é propor uma forma viável e
prática de se ensinar o período do Romantismo da Literatura Portuguesa com o
apoio de tecnologia audiovisual e de redes sociais.
Zenildo Santos e Maria Vitória da Silva
(2011) defendem que “para se conseguir que o aluno se torne um leitor crítico,
o ensino deve colocar o texto como uma possibilidade de reflexão e recriação,
associando a atividade de leitura à produção de outros textos pelos alunos e
facilitando a expressão de suas visões sobre o texto.”
Portanto, um dos objetivos deste
trabalho é propor o incentivo à produção textual pelos próprios alunos como
forma de internalização e exposição do que o mesmo aprendeu sobre o período
literário em questão.
4. Metodologia
A implementação desta proposta se dará
em quatro etapas.
Primeiramente, o professor, em sala de
aula, explica aos alunos as fases e principais características do Romantismo,
se utilizando de recursos visuais como a apresentação de slides, e indicando sites e
livros que podem direcionar os alunos num estudo autônomo do assunto.
Em seguida, o professor reúne a turma em
grupos, cada um incumbido de pesquisar sobre as características, os autores e
as principais obras de um gênero do Romantismo: jornalismo, oratória, teatro,
poesia, conto, novela, romance e historiografia. Os alunos apresentarão os
trabalhos valendo-se de apresentação de slides
e outros recursos opcionais, como vídeos ou músicas. Os alunos e o
professor irão, então, criar um grupo na rede social Facebook do qual todos os
alunos deverão participar. Cada grupo disponibilizará seu trabalho no grupo.
Depois de finalizadas as apresentações e
criado o canal na rede social, o professor irá sortear os gêneros novamente
entre os grupos. Dessa vez, cada grupo irá compor um texto dentro do gênero que
lhe for atribuído, respeitando as características do Romantismo.
Por fim, os grupos disponibilizarão na
rede social os textos que compuseram. Será realizada uma discussão na rede, com a
presença e mediação do professor e participação de todos os alunos, seja
durante horário letivo ou não, sobre a qualidade das produções textuais, as
características românticas identificadas, e outros pontos pertinentes.
5. Justificativa
A explicação geral do professor sobre o
Romantismo dará as bases para que os alunos façam suas próprias pesquisas e
elaborem suas apresentações, que auxiliarão num entendimento mais profundo do
período literário através da análise de cada gênero. O uso de recursos
audiovisuais tanto na explicação do professor quanto na apresentação dos alunos
facilitará o processo de ensino-aprendizagem uma vez que aumenta a atenção do
aprendiz.
Já a criação de grupos para realização
dos trabalhos, além de incentivar a cooperação e troca de ideias entre os alunos,
evitará uma quantidade muito grande de apresentações e de produções textuais
que poderia tornar a posterior discussão e avaliação dos trabalhos cansativa e
pouco produtiva.
A seguir, a exposição dos resultados das
pesquisas por cada grupo e compartilhamento dos mesmos nas redes sociais
servirá como base para a posterior produção dos textos pelos alunos. Sortear os
gêneros de forma que o grupo não redija o texto sobre o gênero que pesquisou
terá como consequência a necessidade de utilizar os trabalhos dos outros grupos
como referência, resultando numa maior interação entre os alunos e melhor aproveitamento
dos trabalhos produzidos pelos mesmos.
A escolha da rede social Facebook se
deve ao fato de ela oferecer ferramentas de compartilhamento de arquivos, a
possibilidade de se criar grupos privados, além de ser de fácil uso e também
por ser a rede social mais popular atualmente, sendo parte constante do
cotidiano da maioria dos alunos. Assim, discutir e analisar os trabalhos no Facebook
será mais acessível para a turma como um todo e permitirá o acesso às conclusões
alcançadas mesmo após o encerramento do debate.
6. Conclusão
Se por um lado as novas tecnologias interferem de forma negativa na forma tradicional de ensino, por outro é possível usar suas ferramentas como aliadas em um ensino com recursos diversificados.
Os jovens, em especial, dedicam boa
parte de suas horas online ao uso de
redes sociais, e tal hábito pode ser usado a favor da interação com outros
membros de uma turma de modo a incentivar a reflexão e expressão dos
conhecimentos adquiridos sobre determinado assunto abordado em sala de aula, e assim
promover o aprendizado mesmo fora do horário letivo e de uma maneira familiar e
pouco invasiva ao aprendiz.
Referências Bibliográficas
SANTOS, Zenildo; DA SILVA, Maria Vitória. O ensino de literatura num espaço globalizado: a parceria das novas tecnologias no processo ensino-aprendizagem. Disponível em: <http://periodicos.uesb.br/index.php/folio/article/viewFile/617/749> Acesso em 31 mai 2013
VALENTE,
Paulo. Literatura e tecnologia: uma
parceria possível. Disponível em:
<http://www.cielli.com.br/downloads/281.pdf> Acesso em 31 mai 2013
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