sexta-feira, 31 de maio de 2013

O ensino de Literatura Portuguesa: uma proposta de ensino aliado às novas tecnologias





            1. Introdução

 


Desde a popularização dos aparelhos de televisão nos anos 50, novos meios de comunicação têm surgido e conquistado a atenção principalmente dos mais jovens: celulares, tablets, computadores, videogames, smartTVs e outros aparatos tecnológicos, conectados à Internet, permitem ao indivíduo interagir rapidamente com pessoas de qualquer parte do mundo pelas redes sociais e obter as mais diversas informações de forma fácil e prática. Neste contexto de mudanças rápidas e tecnologia onipresente, as novas gerações convivem com uma conexão constante com o resto do mundo, e mesmo crianças usam com facilidade seus notebooks e smartphones.
Considerados tais fatos, é fácil presumir que a leitura de textos em livros, objetos básicos no ensino da Literatura e que exigem concentração e paciência, seja bastante negligenciada pelos alunos. Mas essas mesmas tecnologias que podem tornar a maioria dos estudantes avessos ao meio tradicional de leitura e às produções literárias consagradas podem auxiliar em muito o professor na sala de aula, capturando o interesse do aluno através de ferramentas comuns em seu cotidiano e abrindo espaço para a pesquisa e enriquecimento do conteúdo de forma proativa.



2. Objetivos Gerais



Este projeto visa demonstrar a viabilidade da aplicação das novas tecnologias no ensino de Literatura Portuguesa, de forma a tornar a aprendizagem dinâmica e proativa, com incentivo de pesquisa e discussão.



3. Objetivos Específicos



O objetivo é propor uma forma viável e prática de se ensinar o período do Romantismo da Literatura Portuguesa com o apoio de tecnologia audiovisual e de redes sociais.
Zenildo Santos e Maria Vitória da Silva (2011) defendem que “para se conseguir que o aluno se torne um leitor crítico, o ensino deve colocar o texto como uma possibilidade de reflexão e recriação, associando a atividade de leitura à produção de outros textos pelos alunos e facilitando a expressão de suas visões sobre o texto.”
Portanto, um dos objetivos deste trabalho é propor o incentivo à produção textual pelos próprios alunos como forma de internalização e exposição do que o mesmo aprendeu sobre o período literário em questão.



4. Metodologia



A implementação desta proposta se dará em quatro etapas.
Primeiramente, o professor, em sala de aula, explica aos alunos as fases e principais características do Romantismo, se utilizando de recursos visuais como a apresentação de slides, e indicando sites e livros que podem direcionar os alunos num estudo autônomo do assunto.
Em seguida, o professor reúne a turma em grupos, cada um incumbido de pesquisar sobre as características, os autores e as principais obras de um gênero do Romantismo: jornalismo, oratória, teatro, poesia, conto, novela, romance e historiografia. Os alunos apresentarão os trabalhos valendo-se de apresentação de slides e outros recursos opcionais, como vídeos ou músicas. Os alunos e o professor irão, então, criar um grupo na rede social Facebook do qual todos os alunos deverão participar. Cada grupo disponibilizará seu trabalho no grupo.
Depois de finalizadas as apresentações e criado o canal na rede social, o professor irá sortear os gêneros novamente entre os grupos. Dessa vez, cada grupo irá compor um texto dentro do gênero que lhe for atribuído, respeitando as características do Romantismo.
Por fim, os grupos disponibilizarão na rede social os textos que compuseram.  Será realizada uma discussão na rede, com a presença e mediação do professor e participação de todos os alunos, seja durante horário letivo ou não, sobre a qualidade das produções textuais, as características românticas identificadas, e outros pontos pertinentes.




5. Justificativa



A explicação geral do professor sobre o Romantismo dará as bases para que os alunos façam suas próprias pesquisas e elaborem suas apresentações, que auxiliarão num entendimento mais profundo do período literário através da análise de cada gênero. O uso de recursos audiovisuais tanto na explicação do professor quanto na apresentação dos alunos facilitará o processo de ensino-aprendizagem uma vez que aumenta a atenção do aprendiz.
Já a criação de grupos para realização dos trabalhos, além de incentivar a cooperação e troca de ideias entre os alunos, evitará uma quantidade muito grande de apresentações e de produções textuais que poderia tornar a posterior discussão e avaliação dos trabalhos cansativa e pouco produtiva.
A seguir, a exposição dos resultados das pesquisas por cada grupo e compartilhamento dos mesmos nas redes sociais servirá como base para a posterior produção dos textos pelos alunos. Sortear os gêneros de forma que o grupo não redija o texto sobre o gênero que pesquisou terá como consequência a necessidade de utilizar os trabalhos dos outros grupos como referência, resultando numa maior interação entre os alunos e melhor aproveitamento dos trabalhos produzidos pelos mesmos.
A escolha da rede social Facebook se deve ao fato de ela oferecer ferramentas de compartilhamento de arquivos, a possibilidade de se criar grupos privados, além de ser de fácil uso e também por ser a rede social mais popular atualmente, sendo parte constante do cotidiano da maioria dos alunos. Assim, discutir e analisar os trabalhos no Facebook será mais acessível para a turma como um todo e permitirá o acesso às conclusões alcançadas mesmo após o encerramento do debate.




6. Conclusão



Se por um lado as novas tecnologias interferem de forma negativa na forma tradicional de ensino, por outro é possível usar suas ferramentas como aliadas em um ensino com recursos diversificados.

Os jovens, em especial, dedicam boa parte de suas horas online ao uso de redes sociais, e tal hábito pode ser usado a favor da interação com outros membros de uma turma de modo a incentivar a reflexão e expressão dos conhecimentos adquiridos sobre determinado assunto abordado em sala de aula, e assim promover o aprendizado mesmo fora do horário letivo e de uma maneira familiar e pouco invasiva ao aprendiz.




Referências Bibliográficas



SANTOS, Zenildo; DA SILVA, Maria Vitória. O ensino de literatura num espaço globalizado: a parceria das novas tecnologias no processo ensino-aprendizagem. Disponível em: <http://periodicos.uesb.br/index.php/folio/article/viewFile/617/749> Acesso em 31 mai 2013


VALENTE, Paulo. Literatura e tecnologia: uma parceria possível. Disponível em: <http://www.cielli.com.br/downloads/281.pdf> Acesso em 31 mai 2013

---------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Grupo

B33BFE-0       Bismarck Abrantes
B56BCC-8      Camila Uemura     
B543FG-7       Daniele Carvalho
B558CE-6        Evelyn Falcão
B566BI-4        Nataline Cesar

5 comentários:

  1. Incentivar os alunos a usarem as redes sociais a favor do estudo é sempre um ótima tática mesmo, isso desenvolve um interesse maior pelo assunto, porque é abordado de fome diferente e menos forçada.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com Gih, como a rede social é uma coisa que os alunos usam o tempo todo, usa-lo como um "objeto de estudo" faz com que eles tenham mais vontade de participar e interagir.

    ResponderExcluir
  3. O legal é que analisando esse projeto, verificamos que vivemos em um período muito favorável na qual podemos utilizar essas ferramentas para dinamizar o aprendizado. Diferente dos tempos antigos, que contavam apenas com seus livros e a boa vontade. As redes sociais trouxeram muito mais que a capacidade de uma rápida de comunicação,elas abriram as portas para um jeito novo de estimular o conhecimento dos alunos.

    ResponderExcluir
  4. Embora ainda possa existir pessoas que preferem o método tradicional, que nada substitui o livro, devemos nos reciclar e reconhecer que se usada de maneira inteligente, a internet e as redes sociais agregam e muito no aprendizado.

    ResponderExcluir
  5. Eu acho que utilizar as redes sociais para despertar o interesse nos alunos é sempre válido. Alunos gostam de inovações, tecnologias, e aulas diferentes. Usar a internet é uma forma de entrar no mundo deles, e fazê-los aproveitar melhor as muitas horas que ficam na frente dos computadores e celulares. Seria uma forma de unir o "útil ao agradável" para ambos.

    ResponderExcluir