INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido e baseado no conteúdo desenvolvido em
sala de aula e conteúdos trabalhos tanto na disciplina online da UNIP, como no livro da autora Inez Sautchuk, Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender
análise (morfo)sintaxe.
Comecemos com alguns conceitos:
Frase: Todo e qualquer enunciado que contenha em si um
sentido, transmita uma mensagem.
Exemplo: “Fogo!”
“Silêncio!”
Exemplo: “Fogo!”
“Silêncio!”
O sentido é perfeitamente compreensível apesar de a
frase ser composta por apenas uma palavra.
Oração:
Enunciado que contém uma ação, um verbo mais precisamente.
Exemplo: “Corram depressa!”
“João está a sua espera.”
“João está a sua espera.”
Período Simples
Quando uma declaração,
um enunciado, é composto apenas por uma oração, por uma ação verbal, é chamado
de ORAÇÃO ABSOLUTA ou PERÍODO SIMPLES.
Exemplo: “Choveu muito esta manhã.”
“Lucas adoeceu repentinamente.”
Exemplo: “Choveu muito esta manhã.”
“Lucas adoeceu repentinamente.”
Período Composto
Quando uma declaração/ enunciado contém duas ou
mais orações, este enunciado é chamado de PERÍODO COMPOSTO.
Há dois tipos de período composto:
1. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Como o nome já diz, um período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Exemplo: “Corram depressa e saiam pela direita!”
“Ele sabia a verdade mas ela negou tudo.”
Como o nome já diz, um período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Exemplo: “Corram depressa e saiam pela direita!”
“Ele sabia a verdade mas ela negou tudo.”
2. PERÍODO COMPOSTO
POR SUBORDINAÇÃO
Este tipo de período é formado por uma oração principal que é complementada com uma ou mais orações subordinadas. Estas orações poderão exercer a função de sujeito, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc, dentro da estrutura da oração principal.
Exemplo: “A polícia sabia que havia pessoas no prédio.”
“Quando eu voltar, farei o jantar.”
Este tipo de período é formado por uma oração principal que é complementada com uma ou mais orações subordinadas. Estas orações poderão exercer a função de sujeito, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc, dentro da estrutura da oração principal.
Exemplo: “A polícia sabia que havia pessoas no prédio.”
“Quando eu voltar, farei o jantar.”
Há também casos em que um
mesmo período é composto por COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
Neste caso, o período possui dois tipos de relação:
subordinação e coordenação. No caso abaixo, há uma oração principal, que possui
duas orações subordinadas a ela, e estas duas orações são coordenadas entre si.
Observe:
“É bom que ela venha amanhã e traga
os livros.”
Observe
que a oração “que ela venha amanhã” não possui nenhum tipo de
dependência com a oração “(que ela) traga os livros”. Contudo,
ambas são subordinadas à oração principal, iniciada com “É bom que...”.
A partir da classificação dos sintagmas em autônomos ou internos,
passamos a verificar as funções sintáticas (algumas já apresentadas) desses
sintagmas na oração.
Como já foi visto, os sintagmas autônomos são os que podem ser
deslocados no eixo sintagmático da oração, portanto, podemos, grosso modo,
dizer que eles “têm vida própria”. É o que acontece com sintagmas que têm a
função de sujeito, de objeto (direto ou indireto), de predicativo (do sujeito
ou do objeto), de agente da passiva, de adjunto adverbial, de aposto e de
vocativo.
Quanto aos sintagmas internos, estes se encontram subordinados
a outros sintagmas, visto que se encontram dentro deles e, por isso, não podem ser deslocados
na oração. É o caso do adjunto adnominal e do complemento nominal.
Dentre os autônomos, ainda não tratamos de alguns que serão
apresentados a seguir, como o agente
da passiva, o aposto e o vocativo.
Os demais se encontram já descritos anteriormente.
Quando a oração encontra-se na voz passiva, há um novo
constituinte dessa oração, que se denomina agente
da passiva. Vejamos o exemplo que segue.
(1)
O espetáculo foi
apresentado pelo locutor.
No exemplo, temos como sujeito “o espetáculo”.
Todavia, essa oração encontra-se na voz passiva analítica, em que a estrutura
é: sujeito + verbo auxiliar + verbo principal na forma nominal particípio +
agente da passiva.
Portanto, o sintagma “pelo locutor” tem a função de agente
da passiva. As características desse sintagma são: sintagma preposicionado,
introduzido pela preposição por (pelo = per < por + o), autônomo.
Vejamos, então, as funções de aposto e vocativo dos
sintagmas autônomos, as quais ainda não foram tratadas. Segundo a gramática
tradicional, esses termos são acessórios na oração.
O aposto é representado, geralmente, por
um sintagma de natureza substantiva e ele tem a função de explicar, resumir ou
desenvolver outro termo sintático já existente na oração. Muitas vezes ele é
confundido com o sujeito ou com o predicativo do sujeito. Vejamos nos exemplos
como ele pode apresentar-se.
(2) Brasília, a capital do Brasil, é uma cidade plana.
(3) Crianças, jovens, adultos, todos,
pareciam muito irritados.
No exemplo (2), o sintagma que representa o aposto é “a
capital do Brasil”. Nessa oração, o sujeito é “Brasília”, portanto o aposto
está retomando o sujeito, seria dispensável, daí a sua característica de termo
acessório. O sintagma tem como núcleo “capital”, portanto é de base morfológica
substantiva e é autônomo, sendo destacado, inclusive, pela pontuação.
Quanto ao exemplo (3), neste o termo “todos” resume todos
os outros que representam o sujeito “crianças, jovens, adultos”. Ele seria
também dispensável na oração. Assim como no exemplo anterior, é um sintagma de
natureza substantiva, autônomo e um complemento não obrigatório na oração.
A natureza substantiva do sintagma que representa o aposto
é uma das características que o diferencia do predicativo do sujeito, cujo
sintagma é de natureza adjetiva.
Outro termo representado por sintagma
autônomo, porém não necessário em uma oração, é o vocativo. Esse termo
tem por função apenas invocar, chamar a atenção do interlocutor. O sintagma que
o representa é de natureza substantiva e, assim como o aposto, é destacado pela
pontuação, tornando-o isolado na oração; por isso muitas vezes os dois termos
são confundidos em sua classificação. Vejamos um exemplo.
(4) Meu filho, seja forte nessa hora.
O sujeito no exemplo (4) encontra-se oculto e pode ser
identificado como “você”. Então, o sintagma “meu filho” representa a forma
utilizada para chamar a atenção do interlocutor. Sendo assim, trata-se do
vocativo da oração, que seria desnecessário na sua estrutura.
Tendo tratado dos sintagmas autônomos, resta-nos tratar dos
sintagmas internos que ainda não foram descritos, ou seja, do adjunto adnominal e do complemento
nominal.
Assim como o aposto e o vocativo, o adjunto adnominal é acessório, isto é, embora seja um
sintagma interno (está subordinado a outro sintagma), ele não é um complemento
obrigatório na oração.
Além disso, outra característica desse termo é que, por ser
um sintagma interno, está sempre preso a um núcleo substantivo. Portanto, uma
oração pode apresentar tantos adjuntos adnominais quantos forem os núcleos
substantivos.
Do ponto de vista morfológico, os adjuntos adnominais são
representados por determinantes ou modificadores do substantivo. Vejamos
exemplos.
(5) As duas meninas de azul oferecerem uma rosa à mulher de
preto.
Nesse exemplo (5), vamos, primeiramente, isolar os
sintagmas autônomos que tenham como núcleo substantivos. São eles:
(a) As duas meninas de azul
(b) uma rosa
(c) à mulher de preto
Em (a) o núcleo é “meninas”, portanto, “as”, “duas” e “de
azul” são adjuntos adnominais, pois o primeiro termo determina o gênero e o
número do substantivo, enquanto o segundo quantifica-o e o terceiro modifica-o.
No sintagma (b), o núcleo é o substantivo “rosa”, cujo
gênero e número são determinados por “uma”, que representa o adjunto adnominal.
E no sintagma (c), para o núcleo “mulher”, temos como
adjuntos adnominais “à” (contração da preposição a (=para) + artigo a) - lembrando que a
preposição é apenas um relator, não tem função sintática – e o sintagma “de
preto”, que tem a função de modificador do substantivo.
O complemento
nominal, embora seja também um sintagma interno, diferencia-se do
adjunto adnominal por ser um complemento obrigatório, semelhante aos
complementos verbais – objeto direto e objeto indireto.
Esse termo é sempre representado por um sintagma
preposicionado (interno) exigido para complementar o sentido de algum termo da
oração que seja representado por um substantivo, adjetivo ou advérbio, regidos
de preposição.
Quando ele complementa um substantivo, pode ser confundido
como o adjunto adnominal. Por isso, nesse caso, o valor semântico pode ser mais
decisivo para a classificação de um ou outro. Entretanto, uma característica
acentuada é o complemento nominal ser uma nominalização de um verbo transitivo,
o que, todavia, não assegura a sua classificação em casos polêmicos.
Vejamos alguns exemplos.
(6) O retorno dos amigos é sempre uma alegria.
(7) Você foi a salvação de todos.
(8) A saída do show foi tumultuada.
(9) Vamos ouvir a execução da sentença.
Nos exemplos anteriores, podemos transformar os nomes em
verbos: em (6), temos “os amigos retornaram”; em (7), “todos se salvaram”; em
(8), “saíram do show”; em (9), “a sentença executou-se (ou foi executada)”.
Então, em cada exemplo, respectivamente, os complementos nominais são: “dos
amigos”, “de todos”, “do show” e “da sentença”.
PERÍODO COMPOSTO
Quando há mais de uma oração, o período é
composto e pode haver composição por coordenação (ou parataxe) e/ou por
subordinação (ou hipotaxe)
As orações coordenadas podem ser apenas justapostas ou pode haver a relação por meio de síndeto (conjunção), o que leva à classificação de coordenadas sindéticas aditivas, adversativas, conclusivas ou explicativas. As que são justapostas podem ser
As orações coordenadas podem ser apenas justapostas ou pode haver a relação por meio de síndeto (conjunção), o que leva à classificação de coordenadas sindéticas aditivas, adversativas, conclusivas ou explicativas. As que são justapostas podem ser
classificadas como coordenadas
assindéticas.
Vejamos
exemplos :
(1)
Os
meninos chegaram, abriram a geladeira, comeram todo o bolo. (coordenadas
assindéticas)
(2)
Os
meninos chegaram, abriram a geladeira e comeram todo o bolo.
(coord, sindética aditiva)
(3)
Os
meninos chegaram, abriram a geladeira mas não comeram o bolo.
(coord. sindética adversativa)
(4)
Cumprimos
todas as metas, portanto merecemos o prêmio. (coord. sindética
conclusiva)
(5)
Fale
baixo, pois as crianças estão dormindo. (coord. sindética
explicativa
A
partir da noção de sintagma, podemos relacionar os grupos de orações
subordinadas às funções dos sintagmas que representam. As
orações substantivas têm funções exercidas pelo sintagma
nominal, as adjetivas pelo sintagma adjetival e
as adverbiais pelo sintagma adverbial.
Orações
Subordinadas Substantivas
Função
|
Classificação
|
Exemplo
|
Sujeito
|
Substantiva subjetiva
|
É certo que ele virá.
|
Objeto direto
|
Subst. objetiva direta
|
Ela não viuque anoiteceu.
|
Objeto indireto
|
Subst. objetiva indireta
|
Eu necessito de que alguém me
escute
|
Complemento nominal
|
Subst.completiva nominal
|
Tenho necessidade de
que todos me ouçam.
|
Predicativo
|
Subst. predicativa
|
O fato foi que a festa
terminou.
|
Aposto
|
Subst. apositiva
|
Tenho uma certeza: que tudo
terminou bem.
|
Orações
Subordinadas Adverbiais
As orações
adverbiais, assim como os sintagmas adverbiais, têm a função de modificar o
verbo, indicando-lhe uma circunstância. Dessa forma, essas orações
classificam-se de acordo com a circunstância que indicarem em relação à oração
principal.
Exemplos:
(1)
Os alunos
aprendiam à medida que o professor explicava o conteúdo. ( Subord.
Adv. Proporcional)
(2)
Caso tenha alguma dúvida, pergunte-me. (Subord. Adv. Condicional.)
(3)
Como chovia muito, não podíamos sair de casa. (Subord. Adv. Causal)
(4)
Os pássaros
pousam onde há um galho.
(Subord. Adv. Locativa)
(5)
A festa
comelou assim que os
convidados chegaram. (Subord. Adv.
Temporal)
(6)
Eu fui mal
na prova apesar de ter
estudado bastante. (Subord. Adv. Concessiva)
(7)
Apenas lhe digo uma
coisa: tudo foi feita adequadamente.(Subord. Adv.
Apositiva)
(8)
Cantou tão alto que
ensurdeceu a plateia. (Subord. Adv.
Consecutiva0
Orações subordinadas adjetivas
Seguindo o critério
apresentado inicialmente, de relacionar as orações subordinadas às funções
exercidas pelos sintagmas que as representam, segundo propõe Sautchuk (2004),
uma oração adjetiva tem a função que um sintagma adjetival teria em um período
simples, as quais são de predicativo ou de adjunto adnominal.
Veja o exemplo:
“A mulher, que estava apressada, deixou o prato que
fizera.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
10 EM TUDO. Períodos Simples e
Composto. Disponível em: <http://www.10emtudo.com.br/aula/vestibular/sintaxe_periodos_simples_e_composto/> Acesso em 16 nov 2013
ALONSO, Márcia. Período Simples e
Composto. Disponível em: <http://www.alub.com.br/concursos/concursos/ProfessoraMarciaAlonsOPerIodoSimplesComposto.pdf
> Acesso em 16 nov 2013
Disciplina On-Line UNIP. Disponível em: <http://online.unip.br/>
Acesso em 16 nov 2013
SALLES,
Suelli. Período simples e composto: coordenação
e subordinação. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/periodo-simples-e-composto-coordenacao-e-subordinacao.htm> Acesso em 16 nov 2013
Só Português. Período. Disponível
em: <http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint4.php> Acesso em 16 nov 2013
GRUPO
- Bismarck Abrantes - B33BFE0
- Camila Uemura - B56BCC8
- Daniele Carvalho - B543FG7
- Francisco Almeida - T325GE9
- Nataline Cesar - B566BI4
Muito bom o trabalho de vocês. Bem explicado! Parabéns!
ResponderExcluir