1 INTRODUÇÃO
Este
trabalho visa a cumprir as exigências propostas pelas Atividades Práticas
Supervisionadas do curso de Letras – 4º Semestre para obtenção de nota.
A
proposta foi relatar os conteúdos dados em sala de aula e sugerir livros
didáticos para trabalhar com esses conteúdos em sala de aula da educação básica
e fundamentar nossos relatos.
2 COMPLEMENTOS VERBAIS
Complemento
verbal diz respeito ao termo que completa o sentido do verbo transitivo, e pode
ser: objeto direto e objeto indireto.
2.1
Objeto direto
O
objeto direto completa o sentido do verbo sem o uso de preposição, ou seja,
liga-se diretamente ao verbo transitivo sem o uso de preposição. Este tipo de
complemento verbal pode ter como núcleo: substantivos, palavras com função de
substantivo e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Vejamos alguns exemplos:
O
cachorro matou o rato. (o
rato – objeto direto; núcleo - rato)
A menina trouxe água. (água – objeto direto; núcleo – água)
A criança estava chorando. A mãe colocou-a em uma cadeira. (a – objeto direto; núcleo – remete à “menina” na primeira oração)
2.2 Objeto indireto
A menina trouxe água. (água – objeto direto; núcleo – água)
A criança estava chorando. A mãe colocou-a em uma cadeira. (a – objeto direto; núcleo – remete à “menina” na primeira oração)
2.2 Objeto indireto
O
objeto indireto completa o sentido do verbo transitivo com o uso de preposição,
ou seja, a junção entre o verbo e seu complemento é feita através de uma
preposição. A necessidade da preposição é exigida pelo próprio verbo. Os
pronomes pessoais oblíquos “lhe” e “lhes” são essencialmente objetos indiretos
quando ligados ao verbo.
Vejamos alguns exemplos:
Entregaram-lhe a correspondência?
Aspirava ao cargo de presidente da República.
Assistimos ao jogo da seleção brasileira de vôlei.
Entregaram-lhe a correspondência?
Aspirava ao cargo de presidente da República.
Assistimos ao jogo da seleção brasileira de vôlei.
3 PREDICAÇÃO
Predicado
é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de
um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração,
identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do
sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns
exemplos:
As
mulheres
|
compraram
roupas novas.
|
Predicado
|
Durante o ano,
|
muitos alunos
|
desistem do curso.
|
Predicado
|
Predicado
|
A
natureza
|
é bela.
|
Predicado
|
Na
oração “Você já sorriu hoje?”, o verbo sorrir
(sorriu), por ser um verbo
significativo, é o núcleo do
predicado, ou seja, é a palavra que corresponde à informação mais importante
sobre o sujeito. Quando isso ocorre, temos o predicado verbal:
Você já sorriu hoje?
Sujeito
Predicado Verbal
Na
oração “O amor é cego”, o verbo ser (é) não traz informações sobre o sujeito;
é um verbo de ligação, cujo papel é apenas liga o sujeito (O amor) ao seu predicativo (cego).
Assim, o único termo capaz de acrescentar informações sobre o sujeito é o
predicativo do sujeito. Nesse caso, como o núcleo do predicado é o predicativo
do sujeito, ou seja, um nome (cego,
adjetivo), temos o predicado nominal:
O
amor é cego.
Sujeito Predicado Nominal
Na oração “Deixa
secretária eletrônica rouca”, o predicado contém dois núcleos: um verbo
significativo (deixa) e um nome (rouca, o predicativo do objeto). Nesse
caso, o verbo dá informações sobre o sujeito, sobre a ação realizada por ele; e
o nome atribui uma característica ao objeto direto, secretária eletrônica. Quando o predicado apresenta dois núcleos,
temos o predicado verbo-nominal:
(Ele) deixa secretária eletrônica rouca.
Sujeito Predicado Verbo-nominal
Desinencial
4 PERÍODO SIMPLES
Frase: Todo e qualquer enunciado que
contenha em si um sentido, transmita uma mensagem. Exemplo:
Fogo!
Silêncio!
*** O sentido
é perfeitamente compreensível apesar de a frase ser composta por apenas uma
palavra. É o mesmo caso do exemplo abaixo:
Oração: Enunciado que contém uma ação, um
verbo mais precisamente. Exemplo:
Corram depressa!
João está à sua espera.
Período Simples: Enunciado de sentido completo, que
contém apenas uma ação verbal. Exemplo:
O prédio está pegando fogo!
*** Apesar dos
dois verbos, a ação verbal é uma só, e por isso é período simples.
5 ADJUNTO ADNOMINAL
É
o termo que determina, especifica ou explica um substantivo.
O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode
ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes
adjetivos enumerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:
O poeta inovador
|
enviou
|
dois longos trabalhos
|
ao seu amigo de infância.
|
Sujeito
|
Núcleo
do Predicado Verbal
|
Objeto Direto
|
Objeto Indireto
|
Na
oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos,
respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto
indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos
adnominais:
O artigo "o"
e o adjetivo inovador referem-se a poeta;
O numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;
O artigo "o" (em ao),
o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos
adnominais de amigo.
6 COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento
nominal é o termo
da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição, completando o
sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Obj. direto complemento nominal
Ex.: Faça uma rápida leitura do texto.
núcleo do adjunto adverbial de lugar
Ele mora perto de um grande hotel.
Complemento nominal do advérbio perto.
O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo.
núcleo do objeto direto.
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração.
complemento nominal de admiração
Ex.: Tenho-lhe uma justificada admiração.
complemento nominal de admiração
7 TERMOS
DA ORAÇÃO
·
Sujeito (núcleo);
·
Predicado
(Verbal,
Nominal e Verbo-Nominal), Complementos Verbais (Objeto Direto e Indireto);
·
Complemento
Nominal;
·
Agente
da Passiva (por,
pelo...); e
·
Adjuntos
Adnominais (Artigos, Pronomes Possessivos, Demonstrativos
e Indefinidos, Adjetivo/ Locução Adjetiva e Numeral).
7.1 Tipos de Sujeito
·
Quando apresenta um só núcleo, o sujeito é
chamado de sujeito simples;
·
Quando apresenta dois ou mais núcleos, é
chamado de sujeito composto;
·
Quando está implícito na desinência do verbo,
o sujeito é classificado como sujeito
desinencial;
·
Sujeito
indeterminado é aquele que não é nomeado na oração, ou por
não se querer nomeá-lo ou por se desconhecer quem pratica a ação; e
·
Oração
sem sujeito é aquela em que a declaração expressa pelo
predicado não é atribuída a nenhum ser.
7.2 Agente da Passiva
O agente da passiva
pode ser representado por um substantivo ou uma palavra substantivada, pronome
ou numeral.
Agente da passiva é o termo da oração
que, na voz passiva, designa o ser que pratica a ação recebida pelo sujeito.
8 EMPREGANDO A VÍRGULA
8.1 A vírgula entre os termos da oração
Emprega-se
a vírgula:
·
Para separar termos que exercem a mesma
função sintática – sujeito composto,
complementos, adjuntos –, quando não vêm unidos por e, ou e nem;
·
Para isolar o aposto;
·
Para isolar o vocativo;
·
Para isolar o adjunto adverbial, quando ele é extenso ou quando se quer
destacá-lo;
·
Para isolar expressões explicativas como isto é, por exemplo, ou melhor, a saber, ou
seja, etc.
·
Para isolar o nome de um lugar anteposto à data.
8.2 A vírgula entre as orações
Emprega-se a vírgula
para separar:
·
As orações coordenadas assindéticas;
·
As orações coordenadas sindéticas, com exceção das introduzidas pela conjunção
e;
·
Somente as orações subordinadas substantivas
apositivas devem ser separadas por vírgula (ou dois-pontos) da oração
principal; as demais substantivas, não;
·
Somente as orações subordinadas adjetivas explicativas devem ser separadas por vírgula
da oração principal; as restritivas,
não;
As orações subordinadas adverbiais são separadas por vírgula nos seguintes
casos:
·
Se vierem após
a oração principal, a vírgula é optativa;
·
Se vierem antepostas
ou intercaladas à oração
principal, a vírgula é obrigatória;
·
Quando forem reduzidas de gerúndio,
particípio e infinitivo, a vírgula é obrigatória.
9 ORAÇÕES COORDENADAS
As orações
coordenadas sindéticas têm relação com outra oração do período e classificam-se
de acordo com o valor semântico da conjunção que as introduz.
·
Aditivas:
Estabelecem em relação à oração anterior uma noção de acréscimo, adição;
·
Adversativas:
Estabelecem
em relação à oração anterior uma ideia de oposição, contraste, compensação,
ressalva;
·
Alternativas:
Expressam alternância, ligando orações que indicam ideias que se excluem;
·
Conclusivas:
Exprimem ideia de conclusão relativa à declaração feita na oração anterior;
·
Explicativas:
Exprimem
ideia de explicação relativa à declaração feita na oração anterior.
10 ORAÇÕES SUBORDINADAS
São classificadas em Substantivas, Adjetivas e Adverbiais.
10.1 Substantivas
As
Orações Subordinadas Substantivas são
classificadas em:
·
Subjetiva:
Exerce
a função de sujeito da oração de que
depende ou em que se insere;
·
Objetiva
direta: Exerce a função de objeto
direto do verbo da oração principal;
·
Objetiva
indireta: Exerce a função de objeto
indireto do verbo da oração principal;
·
Predicativa:
Exerce
a função de predicativo de um termo
que é sujeito da oração principal;
·
Completiva
nominal: Exerce a função de complemento
nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal;
·
Apositiva:
Exerce
a função de aposto de um nome da
oração principal.
10.2 Adjetivas
As Orações
Subordinadas Adjetivas são
classificadas em:
·
Restritivas:
São
as que delimitam, restringem ou particularizam o sentido de um nome
(substantivo ou pronome) antecedente. Na escrita, ligam-se ao antecedente
diretamente, sem vírgulas;
·
Explicativas:
São
as que acrescentam ao antecedente uma informação que já é do conhecimento do
interlocutor; assim, generalizam ou universalizam o sentido do antecedente. Na
escrita, aparecem entre vírgulas.
10.3 Adverbiais
As Orações
Subordinadas Adverbiais são
classificadas em:
·
Causais:
Indicam
a causa do efeito expresso na oração
principal;
·
Consecutivas:
Expressam uma consequência, um efeito
do fato mencionado na oração principal;
·
Conformativas:
Estabelecem uma ideia de concordância, de conformidade
entre um fato nelas mencionado e outro expresso na oração principal;
·
Concessivas:
Indicam uma concessão, um fato
contrário ao expresso na oração principal, porém insuficiente para anulá-lo;
·
Comparativas:
Estabelecem
uma comparação em relação a um
elemento da oração principal;
·
Condicionais:
Expressam uma hipótese ou condição
para que ocorra o fato expresso na oração principal;
·
Finais:
Indicam uma finalidade relativa ao
fato expresso na oração principal;
·
Proporcionais:
Indicam uma proporção relativa ao
fato expresso na oração principal;
·
Temporais:
Indicam o momento, a época, o tempo
de ocorrência do fato expresso na oração principal.
11 MODOS VERBAIS E TEMPOS VERBAIS
11.1 Modo
·
Indicativo:
É
o modo da certeza, o que expressa algo que seguramente acontece, aconteceu ou
acontecerá;
·
Subjuntivo:
É
o modo da dúvida, o que expressa a incerteza, a possibilidade de algo vir a
acontecer;
·
Imperativo:
É
o modo geralmente empregado quando se tem a finalidade de exortar o
interlocutor a cumprir a ação indicada pelo verbo. É o modo da persuasão, da
ordem, do pedido, do conselho, do convite.
11.2 Tempo
11.2.1 Flexões de tempo no modo indicativo
·
Presente:
Expressa
uma ação que está ocorrendo no momento em que se fala ou uma ação que se repete
ou perdura;
·
Pretérito:
Subdivide-se em:
·
Pretérito
Perfeito: Transmite a ideia de uma ação completamente concluída;
·
Pretérito
Imperfeito: Transmite a ideia de uma ação habitual ou
contínua ou que vinha acontecendo, mas foi interrompida por outra;
·
Pretérito
Mais-Que-Perfeito: Expressa a ideia de uma ação ocorrida no
passado, mas anterior a outra ação, também passada.
·
Futuro:
Subdivide-se em:
·
Futuro
do Presente: Expressa a ideia de uma ação que ocorrerá num
tempo futuro em relação ao tempo atual;
·
Futuro
do Pretérito: Expressa a ideia de uma ação que ocorreria
desde que certa condição tivesse sido atendida.
11.2.2 Flexões de tempo no modo subjuntivo
·
Presente:
Indica
um fato incerto no presente ou um desejo, sendo empregado normalmente depois de
expressões como convém que, é necessário
que, é possível que, tomara que, talvez;
·
Pretérito
Imperfeito: Indica um fato incerto ou improvável ou um
fato que poderia ter ocorrido mediante certa condição;
·
Futuro:
Expressa
a ideia de um acontecimento possível no futuro.
12 INDICAÇÕES DE LIVROS DIDÁTICOS
Para
trabalhar os tópicos tratados neste trabalho em sala de aula do ensino básico,
os livros didáticos aconselháveis são:
·
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português: Linguagens. 7.
ed. reform., São Paulo: Saraiva, 2010. (Volumes 2 e 3).
E
para os professores poderem ler mais a respeito, indica-se o livro a baixo:
·
SAUTCHUK, Inez. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)
sintática. 2. ed. São Paulo: Manole, 2010.
REFERÊNCIAS
·
Complementos Verbais
<Disponível em: http://www.brasilescola.com/gramatica/complementos-verbais.htm>
Acesso em: 23 de Novembro de 2013.
·
Predicado
<Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint10.php>
Acesso em: 23 de Novembro de 2013.
·
Período Simples
<Disponível em: http://www.infoescola.com/portugues/periodo-simples-e-composto/>
Acesso em: 23 de Novembro de 2013.
·
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português: Linguagens. 7.
ed. reform., São Paulo: Saraiva, 2010.
·
BORGATTO, Ana Maria Trinconi. Tudo é linguagem. São Paulo: Ática,
2006.
Feito por:
Jessica A. F. Silva R.A.: B4800I-1
Jessica A. F. Silva R.A.: B4800I-1
Nenhum comentário:
Postar um comentário